segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Eu Gosto tanto de você - Pe Fábio de Melo



Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham, e isso aconteceu uma vez na minha vida.
Estava eu na minha casa, de manhã, quando recebi um telefonema dizendo que minha irmã estava morta. Minha irmã mais nova, cheia de vida... de repente não existe mais
Fico pensando assim, que às vezes, na vida, o ensinamento mais doído seja esse: quando na vida nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, o inferno talvez seja isso - a impossibilidade de mudar alguma situação. E quando as pessoas morrem, já não há mais o que dizer, porque mortos não podem perdoar, mortos não podem sorrir, mortos não podem amar, nem tão pouco ouvir de nós que os amamos.
Eu me lembro que uma semana antes de minha irmã morrer, ela havia me ligado. Foi a última vez que eu falei com ela, e eu me recordo que naquele dia eu estava apressado, com muita coisa pra fazer, e fiz questão de desligar o telefone rápido. Sabe quando você fala, mas fala na correria, porque você tem muita coisa pra fazer? E foi assim... se eu soubesse que aquela seria a última oportunidade de ver minha irmã, de olhar nos olhos dela, de falar com ela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque quando a vida é assim, e você sabe que é a ultima oportunidade, você não tem pressa pra mais nada. Já não há mais o que eu fazer, e essa é a beleza da última ceia de Jesus.
Não há pressa, o momento é feito para celebrar, a mística da última ceia está ali, Jesus reúne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lá. E eu descobrir com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante que é especial.
O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes, na vida, nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nós passávamos uma semana sem nos falarmos, porque houve uma briga, uma confusão. A gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu não tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.
Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta. Nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã. Viva como se fosse o último dia da sua história. Se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque é conhecedor que hoje é o último de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim, e gostaria de ficar ao lado de quem você ama.
Viver o cristianismo é fazer a dinâmica da última ceia todos os dias. Viva como se fosse o último dia da sua vida; viva como se fosse a última oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial.
E depois que minha irmã morreu, um tempo bem passado, eu descobrir porque eu gostava tanto dessa música que vou cantar agora. Ela não fala de um amor que foi embora; o compositor fez para a filha que morreu em um acidente; então, fica muito mais especial cantá-la e descobrir o cristianismo que está no meio das palavras, porque é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava

Não sei por que você se foi,
Quantas saudades eu senti,
E de tristezas vou viver,
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou a minha vida
Viveu, morreu Na minha história;
Chego a ter medo do futuro
E da solidão Que em minha porta bate...
E eu! Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado,
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato.
Não quero ver pra não lembrar,
Pensei até em me mudar... Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
E eu! Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!


Agora o triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa já morreu, já não há mais o que fazer. Mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nós sem deixar nenhum ensinamento...
Tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão. Alguma coisa a gente tem que extrair...
Extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Se ele algum dia me tocou e me deixou algum ensinamento, eu faço questão de partilhá-lo com você agora. Depois da morte da minha irmã eu faço questão de viver a vida como se fosse o último dia.
Já que o passado é coisa do inferno, e a gente não está no passado, muito menos no inferno, resta a possibilidade de mudar o verbo, de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais. Quem sabe cantando pra ela nesse momento...
Se ela está ao seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...
Ao invés de você dizer que gostava, você diz que gosta!
Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora!
E eu...
EU GOSTO TANTO DE VOCÊ! EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!

A bagagem



Quando sua vida começa,  você tem apenas uma mala pequenina de mão...
À medida em que os anos vão passando,  a bagagem vai aumentando.
Porque existem muitas coisas  que você recolhe pelo caminho...
Você pensa que elas são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável  carregar tantas coisas.
Pesa demais!
Então você pode escolher:
Ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é muito difícil...
Todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.
E você poderá ficar a vida inteira esperando... ou
...ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala.
Mas, o que tirar? 
Comece tirando tudo para fora, e vendo o que tem dentro...
AMIZADE,AMOR
AMIZADE,AMOR
AMIZADE,AMOR
Nossa!!! Tem bastante...
E não pesa nada!!!
Mas tem algo pesado...
Você faz força para tirar...
É a RAIVA - como ela pesa!!!
Aí você começa a tirar, tirar e aparecem
a INCOMPREENSÃO,
o MEDO,
o PESSIMISMO...
Nesse momento, o DESÂNIMO  quase te puxa pra dentro da mala...
Mas você puxa-o para fora com toda a força, e aparece um SORRISO que estava sufocado no fundo da sua bagagem...
Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a FELICIDADE...
Você coloca as mãos dentro da mala de novo e
tira pra fora a TRISTEZA...
Agora, você vai ter que procurar a PACIÊNCIA dentro da mala, pois vai precisar bastante...
Procure então o restante:
ENTUSIASMO   ESPERANÇA CORAGEM
FORÇA  EQUILÍBRIO TOLERÂNCIA
RESPONSABILIDADE FÉ BOM HUMOR
Tire a PREOCUPAÇÃO, também, e deixe de lado.
Depois você pensa o que fazer com ela...
Então...
Sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo! 
Mas pense bem no que vai colocar lá dentro!!!
Agora é com você...
E não se esqueça de fazer isso mais vezes...
Pois o caminho é muito, MUITO LONGO.
Mas você poderá caminhar pela vida em paz...
É só escolher o que levar na
Bagagem

Texto: Autor Desconhecido

Dupla visão




Atenção!
Nem tudo o que você vê é o que parece ser:
Por trás de um bonito rosto posso, encontrar a bela natureza divina que existe em mim.
Por trás de um rosto desconhecido, pode estar a minha alma gêmea.
Na alma de uma senhora de cabelos grisalhos, pode estar a fonte para minha juventude.
Na mente de um senhor velho e cansado, posso encontrar o caminho para a sabedoria.
Por trás de um olhar fixo no horizonte, posso encontrar a mãe divina que alimenta a minha alma.
“Não julgue ninguém pelo primeiro olhar. Aprofunde sua visão e observe com o coração, pois do contrário, perderá mais uma oportunidade de enxergar o universo novo, e maravilhoso, que existe dentro de cada ser.”
Paz em seu coração!