domingo, 1 de maio de 2011

Fluindo com o Coração




Não tenho me preocupado muito em saber para onde vou, como durante tanto tempo eu me preocupei. Curiosamente, experimento uma confiança de estar seguindo na direção do caminho que é meu, como nunca antes eu senti. Não há grandes acontecimentos que sinalizem isso. Apenas sinto. Apenas confio.
Estou aprendendo, ainda que com os inevitáveis tropeços de todo aprendiz, a permitir que o meu coração tenha mais espaço para me mostrar por onde ir.

Tenho deixado com mais freqüência que me conduza, porque ele faz isso sem esforço algum. Há uma leveza rara disponível nessa entrega. Ainda insisto, incontáveis vezes, no antigo e desgastante vício de tentar controlar tudo. Mas quando consigo simplesmente fluir no movimento espontâneo da vida, sinto que estamos conectados com uma inteligência amorosa, presente em tudo o que vive. Não sabemos de nada, mas ela sabe. E atrai para o nosso caminho as experiências, os encontros, o aprendizado de que precisamos para assoprar as densas nuvens que nos afastam do contato com o amor. Tudo se apresenta na medida e no momento adequados para que a nossa história seja desenhada com os traços que têm a ver com a nossa alma.


Em alguns pontos do caminho, vivenciamos circunstâncias desastrosas. Não temos idéia de como fomos parar lá. Ficamos enraivecidos, tristes e assustados. Pensamos em desistir, porque achamos que somos uma idéia que não deu certo e que a vida não vale a pena. Quando o vento passa e, mais tranqüilos, olhamos para trás, às vezes percebemos que o vento foi forte e também útil. Por mais incrível que pareça, sem ele talvez não soubéssemos outra maneira de sair do lugar. Percebemos que acaso é só um nome que arranjamos para chamar aquilo que ainda não conseguimos entender.

Texto de Ana Jácomo
http://anajacomo.blogspot.com/

Declaro-me Vivo


Saboreio cada momento.
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante, atrevo-me a SER COMO SOU.
A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.
Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz.
Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.
Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado. A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa. Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.
É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós. Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere. Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações. As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha.
As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança. A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.



Peço-lhes perdão, mas DECLARO-ME VIVO!!!

Autor: Chamalú (índio Quéchua)

Síntese das Antíteses


Síntese das Antíteses

"Só temos consciência do belo,
Quando conhecemos o feio.

Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.

Portanto, o Ser e o Existir,
Se engendram mutuamente.

O fácil e o difícil se complementam.
O grande e o pequeno são complementares.

O alto e o baixo formam um todo.
O som e o silêncio formam a harmonia.

O passado e o futuro geram o tempo.
Eis porque o sábio age

Pelo não agir,
E ensina sem falar,

Aceita tudo que lhe acontece
Produz tudo e não fica com nada.

O sábio tudo realiza e nada considera seu
Tudo faz – e não se apega à sua obra

Não se prende aos frutos da sua atividade
Termina a sua obra

E está sempre no princípio
E por isto a sua obra prospera"

Lao Tsé.

Bom domingo e uma ótima semana.