terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O doador


O doador é alguém que esquece de si mesmo para pensar no outro.
Certa vez, um senhor que estava voltando do laboratório onde costumava doar sangue, foi chamado ao telefone, no seu escritório.
Era a esposa a lhe informar do acidente ocorrido com o filho, que já estava fora de perigo graças à transfusão de sangue, certamente de um doador anônimo.
Naquele momento, o homem se comoveu ao pensar nas outras vidas que o seu sangue já poderia estar salvando.
Esse caso é muito interessante, porque nos demonstra que o bem que promovemos sempre retorna para nós mesmos.
Mas, juntamente com as transfusões sanguíneas, os transplantes de órgãos constituem um dos avanços mais significativos da medicina.
Devido ao progresso tecnológico, hoje em dia, já é possível o transplante de córnea, ossos, pele, cartilagens, vasos e até mesmo de rins, fígado e coração.
Algumas pessoas se mostram preocupadas com a situação do doador após a morte.
Temos aprendido que o Espírito sobrevive à morte e mantém sua aparência, sua psicologia, sua individualidade.
Isto faculta alguns questionamentos:
O Espírito sentirá dores na retirada de órgãos para a doação?
O seu corpo espiritual, o perispírito, ficará mutilado?
Normalmente o ato cirúrgico não implica em dor para o Espírito desencarnado.
A agonia da morte impõe uma espécie de anestesia geral ao doente, com reflexos no Espírito, que tende a dormir nos momentos cruciais da grande transição.
Além disso, o perispírito não sofre mutilação alguma com a doação de órgãos.
Quem deseje doar córneas, por exemplo, não receie ficar cego no mundo espiritual, pois isso não acontece.
O único cuidado que se deve tomar na questão do transplante, é o de não acelerar a morte clínica dos acidentados no ensejo de salvar outras vidas.
Os Espíritos nos ensinam que cada segundo de vida no corpo físico é um instante precioso para o Espírito encarnado.
Pense um pouco nas vidas que você poderia ajudar a salvar, ao doar sangue regularmente, ou ao permitir que, após a sua morte, partes do seu corpo venham a ser úteis para outras pessoas.



Já nos dizia Francisco de Assis, em sua oração:
Senhor, ajuda-me a perdoar mais do que ser perdoado;
Compreender que ser compreendido;
Amar que ser amado.
Porque é dando que se recebe;
É perdoando que se é perdoado;
É amando que se é amado;
E é morrendo que se nasce para a vida eterna.
Pense nisso, mas pense agora.

Redação do Momento Espírita.

Você aproveita a vida?















É muito comum ouvir as pessoas e, principalmente os jovens, dizendo que querem aproveitar a vida. E isso geralmente é usado como desculpa para eximir-se de assumir responsabilidades.

Mas, afinal de contas, o que é aproveitar a vida?
Para uns é matar-se aos poucos com as comilanças, bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas.
Para outros é arriscar a vida em esportes perigosos, noitadas de orgias, consumir-se nos prazeres carnais.
Talvez isso se dê porque muitos de nós não sabemos porque estamos na Terra. E, por essa razão, desperdiçamos a vida em vez de aproveitá-la.
Certo dia, um jovem que trabalhava em uma repartição pública, na companhia de outros colegas que costumavam se reunir todos os finais de expediente para beber e fumar à vontade, foi convidado a acompanhá-los.
Ele agradeceu e disse que não bebia e que também não lhe agradava a fumaça do cigarro. Os demais riram dele e lhe perguntaram, com ironia, se a religião não lhe permitia, ao que ele respondeu: A minha inteligência é que me impede de fazer isso.
E que inteligência é essa que não lhe permite aproveitar a vida?Perguntaram os colegas.
O rapaz respondeu com serenidade: E vocês acham que eu gastaria o dinheiro que ganho para me envenenar? Vocês se consideram muito espertos, mas estão pagando para estragar a própria saúde e encurtar a vida que, para mim, é preciosa demais.

Observando as coisas sob esse ponto de vista, poderemos considerar que aproveitar a vida é dar-lhe o devido valor.
É investir os minutos preciosos que Deus nos concede em atividades úteis e nobres.
Quando dedicamos as nossas horas na convivência salutar com os familiares, estamos bem aproveitando a vida.
Quando fazemos exercícios, nos distraímos no lazer, na descontração saudável, estamos dando valor à vida.
Quando estudamos, trabalhamos, passeamos, sem nos intoxicar com drogas e excessos de toda ordem, estamos aproveitando de forma inteligente as nossas existências.
Quando realmente gostamos de alguma coisa, fazemos esforços para preservá-la. Assim também é com relação à vida. E não nos iludamos de que a estaremos aproveitando acabando com ela.
Se você é partidário dessa ideia, vale a pena repensar com seriedade em que consiste o aproveitamento da vida.
E se você acha que os vícios lhe pouparão a existência, visite alguém que está se despedindo dela graças a um câncer de pulmão, provocado pelo cigarro.
Converse com quem entrega as forças físicas a uma cirrose hepática causada pelos alcoólicos.
Ouça um guloso inveterado que se encontra no cárcere da dor por causa dos exageros na alimentação.
Visite um infeliz que perdeu a liberdade e a saúde para as drogas que o consomem lentamente.
Observando a vida através desse prisma, talvez você mude o seu conceito sobre aproveitar a vida.
A vida é um poema de beleza, cujos versos são constituídos de propostas de luz, escritas na partitura da natureza, que lhe exalta a presença em toda parte.
Em consequência, a oportunidade da existência física constitui um quadro a parte de encantamento e conquistas, mediante cuja aprendizagem o Espírito se embeleza e alcança os altos planos da realidade feliz.

Alegria de viver do cap. 6, do livro Vida: desafios e soluções, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco