segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem etiqueta, sem preço

A nota é internacional e diz, mais ou menos assim: Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer
Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York, vestindo jeans, camiseta e boné. Encosta-se próximo a entrada.
Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia mas o músico era JOSHUA BELL, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raqríssimo, m Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares
Alguns dias antes, Bell havia tocado no symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.A iniciativa pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debae sobre valor, contexto e arte.
A conclusão é de que estamos acostumados a dafr valor às coisas, quando estão num contexto.
Bell, no metrô, era umam obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife
Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.
Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes'
É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?
Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza sõa manipulados pelom mercado, pela mídia e pelas instituiçõdes quem detêm o poder financeiro?
Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta de preço?
Uma empresa de cartões de crédito vem investindo, há algum tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: NÃO TEM PREÇO
E é isso que precisamos aprender a valorizar.
Aquilo que não tem preço, porque não se compra.
Não se compra a amizade, o amor, a afeição. Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos.
Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva. A canção do vento quepassa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis
A criança que corre, espontânea, ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço.
O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria. E o calor que transmite dura o quanto durar a nossa lembrança.
O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores nos é dado por Deus gratuitamente.
Pensemos nisso e aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patgente registrada, sem etiqueta de grife.
Usufruamos dos momentos de ternura que os amores nos ofertam, intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária especial.
Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.

Redação: Momento espírita a partir de comentário de Willian Hazlitt