quinta-feira, 23 de julho de 2009

Contra quem lutamos



Um ermitão,
Uma dessas pessoas que por amor a Deus
se refugiam na solidão do deserto,
Dos bosques ou da montanha,
para dedicar-se somente à oração e à penitência
Muitas vezes reclamava que tinha muito o que fazer.
Lhe perguntaram como era possível
que em sua solidão, tivesse tanto trabalho..
Tenho que domar dois falcões,
treinar duas águias, manter quietos dois coelhos,
Vigiar uma serpente, carregar um asno
e sujeitar um leão.
Não vemos nenhum animal perto do local onde vives.
Onde estão estes animais?
O Ermitão então explicou:
Estes animais, todos os homens têm.
vocês também os têm !
Os dois falcões se lançam sobre tudo o que aparece,
Seja bom ou mau !
Tenho que domá-los para que só se fixem
Sobre “UMA” Boa presa!
São os MEUS OLHOS !!!
As duas águias,
Ferem e destroçam com suas garras.
Tenho que treiná-las
para que sejam úteis e ajudem sem ferir
São as MINHAS MÃOS!
Os dois coelhos, querem ir aonde lhes agrada.
Fugindo dos demais
E esquivando-se das dificuldades...
Tenho que ensinar-lhes a ficarem quietos,
Mesmo que seja penoso, problemático
ou desagradável.
São os MEUS PÉS !!
O mais difícil é vigiar a serpente.
Apesar de estar presa numa jaula de 32 barras,
mal se abre a jaula, está sempre pronta para morder
e envenenar os que a rodeiam,.
Se não a vigio de perto – Causa danos.
É a MINHA LÍNGUA !!
O burro é muito obstinado,
não quer cumprir com suas obrigações.
Alega estar cansado
e se recusa a transportar a carga de cada dia.
É o MEU CORPO !
Finalmente, preciso sujeitar o leão...
Ele sempre quer ser o rei,
O mais importante.
É vaidoso e orgulhoso!!!
É o MEU CORAÇÂO !!!
Portanto,

Há muito o que se fazer!!
REFLITA SOBRE OS SEUS ANIMAIS
TENHA UM BOM DIA!

Uma linda história




Esta é uma história verídica, narrada por John Powell, S.J., professor de Teologia da Fé, da Loyola University de Chicago, EUA.
“Um dia, há muitos anos atrás, eu estava de pé na porta da sala, esperando meus alunos entrarem para nosso primeiro dia de aula do semestre.
Foi aí que vi Tom pela primeira vez. Não consegui evitar que meus olhos piscassem de espanto. Ele estava penteando seus cabelos longos e muito loiros que batiam uns vinte centímetros abaixo dos ombros.
Eu nunca vira um rapaz com cabelos tão longos. Acho que a moda estava apenas começando nessa época. Mesmo sabendo que o que importava não é o que está fora, mas o que vai dentro da cabeça, naquele dia eu fiquei um pouco chocado. Imediatamente classifiquei Tom com um “E” de estranho... Muito estranho!
Tommy acabou se revelando o “ateísta de plantão” do meu curso de Teologia da Fé. Constantemente, fazia objeções ou questionava sobre a possibilidade de existir um Deus-Pai que nos amasse incondicionalmente. Convivemos em relativa paz durante o semestre, embora eu tenha que admitir que às vezes ele era bastante incômodo!
No fim do curso, ele se aproximou e me perguntou, num tom ligeiramente irônico: - O senhor acredita mesmo que eu possa encontrar Deus algum dia? Resolvi usar uma terapia de choque:- Não, eu não acredito! – respondi.
-Ah! – ele respondeu – Pensei que era este o produto que o senhor esteve tentando nos vender nos últimos meses.
Eu deixei que ele se afastasse um pouco e falei, bem alto: Eu não acredito que você consiga encontrar Deus, mas tenho absoluta certeza de que Ele o encontrará um dia. Ele deu de ombros e foi embora da minha sala e da minha vida. Algum tempo depois soube que Tommy tinha se formado e, em seguida, recebi uma notícia triste: ele estava com um câncer terminal. E antes que eu resolvesse se ia à sua procura, ele veio me ver.
Quando entrou na minha sala, percebi que seu físico tinha sido devastado pela doença e que os cabelos longos não existiam mais, devido à quimioterapia. Entretanto, seus olhos estavam brilhantes e sua voz era firme, bem diferente daquele garoto que conheci.
Tommy, tenho pensado em você. Ouvi dizer que está doente! – falei. Ah, é verdade, estou seriamente doente. Tenho câncer nos dois pulmões. È uma questão de semanas, agora. Você consegue conversar bem a esse respeito? Claro, o que o senhor gostaria de saber? Como é ter apenas vinte e quatro anos e saber que está morrendo? Acho que poderia ser pior. Como assim?
Bem, eu poderia ter cinqüenta anos e não ter noção de ideais, ou ter sessenta anos e pensar que bebida, mulheres e dinheiro são as coisas mais “importantes” da vida. Lembrei-me da classificação que atribuí a ele: “E” de “estranho” (parece que as pessoas que recebem classificações desse tipo, são enviadas de volta por Deus para que eu possa repensar o assunto). - Mas a razão pela qual eu realmente vim vê-lo – disse Tom – foi a frase que o senhor me disse no último dia de aula. (Ele se lembrava...)
Tom continuou: - Eu lhe perguntei se o senhor acreditava que eu encontraria Deus algum dia, e o senhor respondeu ‘Não’, o que me surpreendeu. Em seguida, o senhor disse, “mas Ele o encontrará”. Eu pensei um bocado a respeito daquela frase, embora na época não estivesse muito interessado no assunto.
Mas quando os médicos removeram um nódulo da minha virilha e me disseram que se tratava de um tumor maligno, comecei a pensar com mais seriedade sobre a idéia de procurar Deus. E quando a doença se espalhou por outros órgãos, eu comecei realmente a dar murros desesperados nas portas de bronze do paraíso.
O jornal escorregou para o chão e meu pai fez duas coisas que eu jamais havia visto: Ele chorou e me abraçou com força. E conversamos durante toda a noite, embora ele tivesse que ir trabalhar na manha seguinte. Foi tão bom poder me sentar junto do meu pai, conversar, ver suas lágrimas, sentir seu abraço, ouvi-lo dizer que também me amava!... Foi uma emoção indescritível! Foi mais fácil com minha mãe e com meu irmão mais novo. Eles choraram também e nós nos abraçamos e falamos coisas realmente boas uns para os outros.
Falamos sobre as coisas que tínhamos mantido em segredo por tantos anos, e que era tão bom partilhar. Só lamentei uma coisa: que eu tivesse desperdiçado tanto tempo, me privando de momentos tão especiais. Naquela hora eu estava apenas começando a me abrir com as pessoas que amava.
Então, um dia, eu olhei, e lá estava “ELE”. Ele não veio ao meu encontro quando lhe implorei. Acredito que estava agindo como um domador de animais que, segurando um chicote, diz: - Vamos, pule! Eu lhe dou três dias... Três semanas...
Parece que Deus não se deixa impressionar. Ele age a Seu modo e a Seu tempo. Mas o que importa é que Ele estava lá. Ele me encontrou... O senhor estava certo. Ele me encontrou mesmo depois de eu ter desistido de procurar por Ele.
- Tommy – eu disse, bastante comovido – o que você está dizendo é muito mais importante e muito mais universal do que você pode imaginar. Para mim, pelo menos, você está dizendo que a maneira certa de encontrar Deus, não é fazendo Dele um bem pessoal, uma solução para os nosso problemas ou um consolo em tempos difíceis, mas sim se tornando disponível para o verdadeiro Amor. O apóstolo João disse isto: “Deus é Amor e aquele que vive no Amor, vive com Deus e Deus vive com ele”.
Tom, posso pedir-lhe um favor? Você sabe que me deu bastante trabalho quando foi meu aluno. Mas (aos risos) agora você pode me compensar por aquilo. Você viria à minha aula de Teologia da Fé e contaria aos meus alunos o que você acabou de me contar? Se eu lhes contasse não seria a mesma coisa, não tocaria tão fundo neles! Oooh!... Eu me preparei para vir vê-lo, mas não sei se estou preparado para enfrentar seus alunos. Então, pense nisto. Se você se sentir preparado, telefone para mim.
Alguns dias mais tarde, Tom telefonou e disse que falaria com a minha turma. Ele queria fazer aquilo por Deus e por mim. Então marcamos uma data. Mas, o dia chegou... E ele não pode ir. Ele tinha outro encontro, muito mais importante do que aquele. Ele se foi... Tom havia dado o grande passo para a verdadeira realidade. Ele foi ao encontro de uma nova vida e de novos desafios.
Antes de ele morrer, ainda conversamos uma vez. Não vou ter condições de falar com sua turma. – ele disse. Eu sei, Tom. O senhor falaria com eles por mim? O senhor falaria... Com todo mundo por mim? Vou falar, Tom. Vou falar com todo mundo. Vou fazer o melhor que puder.
Portanto, a todos vocês que foram pacientes, lendo esta declaração de amor tão sincero, obrigado por fazê-lo.
E a você Tommy, onde quer que esteja, aí está: eu falei com todo mundo... Do melhor modo que consegui. E espero que as pessoas que tiveram conhecimento desta história, possam contá-la aos seus amigos, para que mais gente possa conhecê-la...”

A Arte de não Adoecer



Dr. Dráuzio Varella











Se não quiser adoecer...
...Fale de Seus Sentimentos.

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos “segredos”, nossos erros... O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia!

Se não quiser adoecer...
...Tome Decisões.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer...
...Busque Soluções.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer...
...Não Viva de Aparências.

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer...
...Aceite-se.

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer...
...Confie.

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer...
...Não Viva Sempre Triste.

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia!

Solte a panela



Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.
Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina...
Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida.
O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir.
Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.
Solte a panela!

Eu sou o cliente



Hoje, eu escolhi para mensagem, o começo de um discurso, de um dos maiores empresários do mundo, na abertura do programa de treinamento para os funcionários dele.
A empresa criada por ele fatura cerca de 350 bilhões de dólares anuais em vendas.
Vale a pena ouvir o que ele disse, não vale?

"Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.

Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera.

Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.

Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas.

Engana-se.

Sabe quem eu sou???

Eu sou o cliente que nunca mais volta!!!

Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem para levar-me de novo à sua firma.

Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de cortesia.

Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar".
***
"A paciência é amarga, mas seu fruto é doce"
Jean Jacques Rousseau.

A Língua




Há muitos anos atrás, Um rico mercador grego tinha um escravo , Ele era corcunda, feio mas com uma sabedoria única no mundo.

Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:

-Toma. Aqui está uma sacola cheia de moedas de ouro, corra ao mercado e compra o que há de melhor no mundo para um banquete.

Pouco tempo depois, o escravo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por um fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso: - ah, língua!

Mas por que você escolheu a língua como a melhor comida do mundo?
o escravo de olhos baixos, explicou a sua escolha: o que há de melhor do que a língua, senhor?
a língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é o órgão do carinho, da ternura e da compreensão. Com a língua se ensina, com a língua dizemos "sim", com a língua dizemos "eu te amo!".

O que pode haver melhor do que a língua senhor?

O mercador levantou-se entusiasmado e falou: muito bem. Realmente você me trouxe o que há de melhor. Tome agora esta outra sacola de moedas e traga o que há de pior, pois quero testar a sua sabedoria.

Depois de algum tempo, o escravo voltou do mercado trazendo um prato coberto pôr um pano. O mercador descobriu o prato e ficou indignado: - o quê? - língua? Outra vez? Você não disse que a língua era o que havia de melhor?

E ele respondeu ao mercador: a língua, senhor, é o que há de pior no mundo, é a fonte de todas as intrigas. É a língua que insulta, que corrompe. Com a língua dizemos "não" e "eu te odeio!". Aí está, senhor por que ela é a pior e a melhor de todas as coisas do mundo...

A língua pode ser ótima ou pode ser péssima. Cabe a nós mesmos decidir como vamos utilizá-la. Para o bem ou para o mal

Sonhar




Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.

(J. Darion - M. Leigh - Versão Chico Buarque e Ruy Guerra/1972.)