sexta-feira, 25 de junho de 2010
A lei do retorno
UMA HISTÓRIA REAL
Chamava-se Fleming e era um lavrador escocês pobre.
Um dia, enquanto trabalhava para ganhar o pão para a sua família, ouviu um pedido de socorro proveniente dum pântano das redondezas.
Largou tudo o que estava a fazer e correu ao pantano. Lá, deparou-se com um rapazito enterrado até à cintura, gritando por socorro e tentando desesperadamente e em vão, libertar-se do lamaçal onde caíra.
O Snr. Fleming retirou o rapazito do pântano, salvando-o assim duma morte atroz.
No dia seguinte, chegou uma elegante carruagem à sua humilde casa, donde saiu um nobre elegantemente vestido, que se lhe dirigiu apresentando-se como o pai do rapazinho que salvara duma morte certa.
“Quero recompensá-lo", disse o nobre. “O senhor salvou a
vida do meu filho".
“Não, não posso aceitar dinheiro pelo que fiz”, respondeu
o lavrador escocês.
Nesse momento, o filho do lavrador assumou à porta da casa.
"¿É seu filho?" perguntu o nobre.
"Sim", respondeu orgulhosamente o humilde lavrador.
Então, proponho-lhe o seguinte:
Deixe-me proporcionar ao seu filho o mesmo nível de instrução que proporcionarei ao meu. Se o seu rapaz sair a si, não tenho dúvida alguma que se converterá num homem de que ambos nos orgulharemos."
E o snr. Fleming aceitou. O filho do humilde lavrador frequentou as melhores
escolas e licenciou-se em Medicina na famosa Escola Médica do St. Mary's
Hospital de Londres
Foi um médico brilhante e ficou mundialmente conhecido como Dr. Alexander Fleming, o descobridor da Penicilina.
Anos depois, o “rapazinho”que havia sido salvo do pantano adoeceu com uma pneumonia.
Quem salvou a sua vida desta vez? ....
A PENICILINA.
¿O nome do nobre?
Sir Randolph Churchill.
¿O nome do filho? !
Sir Winston Churchill.
Alguém disse uma vez:
O que vai, volta.
Trabalha como se não precisasses de dinheiro.
Ama como se nunca tivesses sido magoado.
Dança como se ninguém te estivesse a ver
Esta é a Semana Internacional da Amizade
Canta como se ninguém ouvisse.
Vive como se fosse o Céu na Terra
O amanhã não existe
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham, e isso aconteceu uma vez na minha vida.
Estava eu na minha casa, de manhã, quando recebi um telefonema dizendo que minha irmã
estava morta. Minha irmã mais nova, cheia de vida... de repente não existe mais.
Fico pensando assim, que às vezes, na vida, o ensinamento mais doído seja esse: quando na vida nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, o inferno talvez seja isso - a impossibilidade de mudar alguma situação. E quando as pessoas morrem, já não há mais o que dizer, porque mortos não podem perdoar, mortos não podem sorrir, mortos não podem amar, nem tão pouco ouvir de nós que os amamos.
Eu me lembro que uma semana antes de minha irmã morrer, ela havia me ligado. Foi a última vez que eu falei com ela, e eu me recordo que naquele dia eu estava apressado, com muita coisa pra fazer, e fiz questão de desligar o telefone rápido. Sabe quando você fala, mas fala na correria, porque você tem muita coisa pra fazer? E foi assim... se eu soubesse que aquela seria a última oportunidade de ver minha irmã, de olhar nos olhos dela, de falar com ela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque quando a vida é assim, e você sabe que é a ultima oportunidade, você não tem pressa pra mais nada. Já não há mais o que eu fazer, e essa é a beleza da última ceia de Jesus
Não há pressa, o momento é feito para celebrar, a mística da última ceia está ali, Jesus reúne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lá. E eu descobri com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante, que é especial.
O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes, na vida, nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nós passávamos uma semana sem nos falarmos, porque houve uma briga, uma confusão. A gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu não tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.
Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta. Nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã. Viva como se fosse o último dia da sua história. Se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque é conhecedor que hoje é o último de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim, e gostaria de ficar ao lado de quem você ama.
Viver o cristianismo é fazer a dinâmica da última ceia todos os dias. Viva como se fosse o último dia da sua vida; viva como se fosse a última oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial.
E depois que minha irmã morreu, um tempo bem passado, eu descobrir porque eu gostava tanto de umamúsica de Tim Maia - Gostava tanto de você. Ela não fala de um amor que foi embora; o compositor fez para a filha que morreu em um acidente; então, fica muito mais especial cantá-la e descobrir o cristianismo que está no meio das palavras, porque é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.
Padre Fábio de Melo
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