domingo, 22 de setembro de 2013

O Deus de Spinoza


O DEUS de Spinoza

As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em
Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro
da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era
de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.
Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII.
DEUS SEGUNDO SPINOZA (Deus falando com você)

"Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo
mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de
tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que
acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos
lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que
eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu
te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me
culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não
podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu
filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu
vais me dizer como fazer meu trabalho?


Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te
incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões,
de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livrearbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te
castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar
para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te
manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é
que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio,
nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que
precisas.


Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem
virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre
para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta
vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse
tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás
aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te
perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais
gostaste? O que aprendeste?


Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em
mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada,
quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no
mar.


Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que
me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti,
de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa
tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A
única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de
maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me
procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."
Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de
Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus
que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.

p.s.- Enviado pelo amigo Diógenes Souza.

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