No primeiro minuto deste ano eu estava olhando o mar, sozinho – apesar de milhares de pessoas por perto-, sem saber nem em que pensar. Mas passou e cá estou. No meu calendário particular, eu considero que o meu ano novo começou quando resolvi mudar radicalmente algumas coisas em minha vida. A primeira foi parar de beber por um tempo- até o dia do meu aniversário em junho - e fazer um check-up, saber como estava minha saúde. E a partir de então começar alguma atividade física, pois o sedentarismo estava me consumindo. Exames feitos e após a boa notícia de que estava pronto para me exercitar, resolvi então tentar correr.
A convite de uma amiga, calcei meus tênis e lá fui eu para a Avenida Alexandrino de Alencar. Comecei ‘trotando’ lentamente 200 ou 300 metros e andava mais 200 e assim fui saindo aos poucos da vida parada em que estava mergulhado. Ansioso como sou, dois treinos depois eu já quis correr a minha primeira prova, no dia 21 de abril deste ano, a Corrida de Tiradentes. Logo na saída eu já pensei em desistir, sinceramente. Não me imaginei completando os 5 quilômetros. Mas continuei. Andava em alguns trechos, depois tentava correr um pouco. Faltava fôlego, pernas, faltava coragem, faltava tudo, eu disse faltava! Porque depois da metade do caminho percorrido eu só pensava em completar a prova a todo custo, nem que tivesse que ir engatinhando.
Meu pensamento era fazer valer a confiança depositada em mim pela minha amiga, de que eu conseguiria completar a prova. E completei, me arrastando, cansado, meio tonto, sem ar, mas feliz. Foram 5 quilômetros que me pareciam intermináveis, em cerca de 40 minutos ou um pouco mais. Eu não estava inscrito, corri na ‘pipoca’mesmo. Ganhei de presente para participar a camiseta da Corrida Tiradentes da minha amiga- que sempre corre com a da Equipe Desafio- e, ao final da prova, outro amigo e corredor dos bons, me deu outro presente. Tirou a medalha que ele ganhara e colocou em mim, pois como eu não estava inscrito não tinha direito a ganhar a medalha de participação.
Depois desse dia minha vida mudou, e continua mudando. O esporte, seja ele corrida de rua, ciclismo, futebol ou outro que traga bem estar e melhoras para a nossa saúde tem um efeito fantástico em nossas vidas. E melhor do que isso, nos proporciona um convívio com pessoas alegres e de todas as tribos. Mas as corridas de rua, tenho para mim que é o mais democrático dos esportes, pois correm todos, todos iguais, advogados, pedreiros, médicos, pessoas portadoras de necessidades especiais e de todas as idades, como o Seu Geraldinho, com seus 70 anos de idade e correndo melhor do que muitos de vinte e poucos anos.
Nas corridas de rua conquistamos novos amigos, novos motivos para rir, brincar e mudamos a frequência da nossa energia em todos os sentidos. E já melhorado, renovado em vários aspectos, eu estava mais tranquilo, menos ansioso, mais eu. E foi quando recebi um presente muito especial. E esse é um presente que eu realmente não esperava. Apesar de sempre ter falado em romantismo e de acreditar no amor, já havia desistido de pensar em uma nova relação. Mas eis que a vida me apresenta alguém que tem tudo o que eu procurava. Hoje só me resta mesmo é agradecer, por tudo. Sim, ainda falta algo – mas é momentâneo. E a minha fé inabalável em Deus me diz que o tempo está a favor. E quando realmente desejamos algo de coração, acontece, então logo terei uma outra boa nova.
E a saúde? Ah, vai muito bem, obrigado. E aí, vamos correr? A todos um Feliz Natal e um Ano Novo ‘correndo’, com coisas boas, alegres, construtivas, com amigos, com dinheiro no bolso, com saúde, com fé em Deus, com amor!
Flávio Leandro de Castro.
p.s.- E depois decidi nunca mais voltar a beber nada com álcool, nem bombom se tiver licor dentro!
Flavinho... vou comemorar e agradecer muito a Deus o seu ano novo que começou muito antes do esperado..! Seu ano novo fora de época que foi conquistado com força de vontade e determinação. Só assim conquistamos quase tudo de uma vez! Parabéns e feliz TUDO pra vc! Bjs
ResponderExcluirLÉO PEREIRA